Ele me fez lembrar musicalmente a pessoa mais importante da minha vida, ou melhor, uma delas, minha avó Maria Alves. Ela faleceu quando eu era nova e eu me lembro de sua beleza e o amor que ela me passava, cada gesto que ela tinha comigo e minha irmã dava para sentir o amor.
Ítallo Franco me levou ao melhor momento do meu passado familiar, quando a gente nem tinha televisão e a alegria era brincar no quintal de casa com coisas tão simples, éramos felizes e tínhamos pouca noção disso.
Ouvir o álbum “O Time da Mooca” é ir ao volta ao passado de uma forma confrontante e gostosa, é relembrar os momentos bons de criança , sentir aquele vento no rosto e aquela saudades boa de ser sentida, sabe?
É essa saudade boa que convido você sente comigo ouvindo o álbum de ítallo Franco.
Foto por Rodrigo Cruz
Quatro anos após mostrar ao mundo sua Casa, Ítallo França dá um passo em direção ao mundo lá fora e apresenta O Time da Mooca – álbum que conta histórias de sua infância e adolescência em Arapiraca (AL), jogando bola com os amigos na rua que dá nome ao disco. Gravado durante visitas a sua cidade natal (Ítallo mora hoje em Maceió), é um registro afetivo das memórias, cenários e personagens que tiveram participação direta em sua formação como indivíduo.
Como o cantor e compositor explica, são vivências diretamente da “periferia do mundo”, de uma cidade pequena de um estado de pouco protagonismo cultural no Brasil. “Eu sou alagoano, de origem humilde, minha pele é escura, falo das minhas observações imediatas da infanto-adolescência e isso de alguma maneira pode ser encarado como um gesto de resistência cultural, afinal, não tenho o perfil do artista bem sucedido, propriamente. Jovens como eu estão correndo da polícia, tendo que trabalhar pra conseguir um mínimo de dignidade e isto não quer dizer que eu não esteja passando pelas mesmas questões. A diferença é que, para além dos problemas que um homem do meu perfil passam, eu resisto e faço arte com alguma qualidade”, conta ele.
Para dar forma às histórias de partidas de futebol entre amigos, O Time da Mooca – co-produzido por Alexandro Cardoso e pelo próprio Ítallo – reúne também as sonoridades que formaram seu repertório, seja com os sons típicos do Agreste (choro, coco, canção de roda) ou com a estética particular do indie brasileiro, herdada diretamente de nomes como Novos Baianos e Clube da Esquina. De todas as referências, o disco tem duas imediatas: Jorge Ben Jor e Moraes Moreira. “Não por acaso, são dois compositores flamenguistas que durante suas carreiras fizeram diversas homenagens ao futebol e estabeleceram essa ligação do esporte – a paixão de torcer por um clube de futebol – com a música”, como explica o músico.
O Time da Mooca foi financiado pelo edital de Fomento à Criação Artística Arapiraquense – Prêmio Mestre Nelson Rosa.
Vamos parar de prosa é aumento o volume para esse álbum tão magnifico, aperte o play!
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FIQUEM
LIGADOS QUE EM BREVE TEM MAIS MÚSICA AQUI, HEIN? TE ESPERO! ABRAÇO GRANDE,
@MAAHMUSIC