Cada música é um sentimento único, muitas vezes uma só música tem o poder de fazer você sentir vários sentimentos, algumas canções do MASM faz isso e hoje ele vai contar para gente faixa por faixa do seu álbum, intitulado como “ O Ano do Cachorro”.

No horóscopo chinês, o ano regido pelo cão é um período de  renovação de esperanças e busca por independência. E indiretamente essa é a mensagem por trás de “O Ano do Cachorro”, novo álbum do artista alagoano MASM. Unindo indie pop, eletrônico, house e europop, ele faz canções memorialistas sobre sua evolução e busca de identidade enquanto pessoa LGBTQ+. Vem saber mais detalhes sobre o álbum!

foto Crédito Gerd Tassis

O Ano do Cachorro – Primeira faixa composta do disco, foi feita pra ser a introdução do conceito. A música começa com ruídos de desktops antigos para trazer a sensação de iniciar um jogo ou programa. A letra faz comparação da minha infância como LGBT reprimido com uma matilha de cães, e fala sobre meus antigos sonhos de grandeza. Teve como inspiração baladas e hinos de rock dos anos 70 e 80.

Interlagos – A letra compara um término com uma corrida de F1. O instrumental tinha sido composto e produzido primeiro como uma faixa inspirada em Mario Kart e os conceitos se complementaram aí. Tem como inspiração vinhetas de F1 dos anos 90, Tim Maia e Thundercat.

Garotos – Feita pra ser uma faixa mais tranquila e romântica. Quis juntar uma vibe eletrônica com uma coisa mais verão/praia/reggae.

DOS Boy – Música inspirada em Talking Heads e Prince. A letra conta como na minha infância eu só tinha videogames e computadores como escape da realidade. Samantha (ex-vocalista da banda Tupimasala), que entra com seu novo nome artístico Samyrms, aparece como um eu lírico de um personagem falando para mim de dentro do jogo. A faixa contém samples de Zelda e outros games.

Ironia – Umas das faixas mais antigas do disco, a letra foi composta em 2018 mas o instrumental é uma sobra que ficou de fora do meu primeiro disco “Maré Rasa”. A letra é autobiográfica e fala de um término e como a repercussão ironicamente é menor para um do que para outro. A acidez da letra misturado com o instrumental saltitante e alegre foi uma contradição proposital para adicionar ao conceito.

Masculinidade – O instrumental tem como inspiração principal o movimento New Wave e a música de vinhetas de televisão dos anos 90. O eu-lírico da letra tenta aconselhar uma pessoa a sair do armário para não cair na lábia da sociedade patriarcal, e contém heterofobia comicamente exagerada.

Piscicancer – Letra autobiográfica sobre meu relacionamento atual e as complicações da distância. O instrumental tem como inspiração o movimento New Jack Swing e a trilha sonora de jogos como Sonic.

Nesses Dias – Faixa composta com Rodrigo e Luiza. A letra e o instrumental são de 2017 e não tem um tema definido, mas o sentimento geral é de insuficiência e cura. O instrumental remete a power ballads de bandas de rock dos anos 80 e trap.

Centavos – Faixa de caráter autobiográfico misturada com sentimentos pós-eleição de 2018. A letra conta sobre como as maiorias sociais tratam as minorias como sem valor e não as dão espaço para crescer. Conta com a participação de Larissa Braga (Dolphinkids), e o instrumental tem como inspiração bandas como Red Hot Chili Peppers e Coldplay

O Cachorro do Ano – Faixa composta junto com Tolentino. Feita para fechar o álbum como uma versão espelhada da faixa de inicio (por isso o jogo de palavras). Se a primeira faixa conta sobre minha infância me comparando a um cachorro, no final do álbum já tenho minha identidade formada como uma grande e safada cachorra. A letra faz referência à comunidade furry e o instrumental tem como inspiração a cena eletrônica gay.

VAMOS PARAR DE BLÁ, BLÁ, BLÁ E AUMENTAR O VOLUME!

FIQUEM
LIGADOS QUE EM BREVE TEM MAIS MÚSICA AQUI, HEIN? TE ESPERO! ABRAÇO GRANDE,

@MAAHMUSIC

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