Ele voltou galera – feliz estou -!

Já falei algumas vezes sobre Rapha Moraes e sempre fui muito fã do trabalho dele, cada trabalho lançando é uma felicidade e ao mesmo tempo surpreendente – de uma forma bem positiva -.

Sempre fui viciada e apaixonada por todos os trabalhos do Rapha e hoje ele vai falar um pouco sobre as canções do seu recente trabalho. Uma construção musical atmosférica, que preza pela subjetividade em busca das sensações que as canções geram, marca o projeto solo do multi-artista curitibano Rapha Moraes. Com um trabalho visual conceitual que traz as impressões e sentimentos do ouvinte para somar como parte da construção artística, ele divulga o disco “OA”. O álbum, já disponível nas plataformas de streaming, teve produção musical de Gustavo Schirmer (Marrakesh, Terno Rei, Vivian Kukzynsk).

O disco funciona como uma amostra da amplitude do trabalho do paranaense. Moraes, que é diretor audiovisual, produziu e dirigiu os vídeos do projeto. Lançado anteriormente apenas como “OA”, o trabalho de Rapha Moraes nos vídeos para os singles “Céu 1” e “Mais Do Que É” foi uma representação sensorial para que o ouvinte se incluísse na ambientação das músicas.

Confira agora mesmo o FAIXA POR FAIXA com RAPHA MORAES.

ABISSAL

É a faixa do primeiro mergulho. Buscamos criar atmosferas sonoras mais cinematográficas e que poderiam sugerir imagens ao ouvinte. Captamos com um clássico “TASCAM” os sons na

floresta e depois os trouxemos para o estúdio. E o texto utilizado veio pra contextualizar as ideias que eu tinha sobre o álbum e o que estamos dizendo nele. A frase foi retirada do livro “Meus Balões”, autobiográfico de Alberto Santos Dumont.

CORAGEM

Essa letra parte de um ponto de vista bem pessoal sobre a necessidade de ter coragem para enfrentar os desafios mais íntimos de perdas e despedidas. Da necessidade de evoluir, melhorar. E acho que esse discurso se encaixou bem com o momento do país também. A coragem está sendo tão necessária.

CORREDEIRAS

Essa foi uma das últimas faixas do álbum. Pré-produzi ela em casa com caminhos de synths, levadas e arranjo. O Schirmer lapidou tudo, limpou e agregou ideias. A letra fala sobre mudança ou a busca dela. Sobre se desfazer do que somos, pra seguir para um “novo eu”. É um pouco como a fase em que as cobras trocam de pele. A letra foi inspirada nisso.

MAIS DO QUE É

Talvez a letra mais doída pra mim. Escrevi quando realmente sentia que o excesso de realidade ao meu redor me murchava a inspiração. Sempre pensei naquela ideia de que “a arte existe porque a vida em si não basta”. Acho que é do Ferreira Gullar. E naquele momento eu pensava: e se houvesse excesso de vida? Teria espaço para arte em mim?

CÉU 2

Céu 2 é outra parceria minha com o Schirmer. A letra, que saiu no improviso acabou contando uma história cronológica que se passava dentro de mim. Céu 1 fala sobre alguém que escuta uma voz, enquanto em Céu 2 essa mesma pessoa conta para outra o que ouviu. Tem um lance de espiritualidade ou de um olhar além da matéria.

CÉU 1

Pela primeira vez no processo do álbum ligamos um pedal de voz que eu tinha faz anos e começamos a brincar com timbres e efeitos. O Schirmer plugou a guitarra e em questão de 1 hora e pouco tínhamos a música pronta e gravada. No improviso. A letra saiu junto com a harmonia e depois de pronta tentamos regravar ela. Porém, uma nova letra não se encaixava assim como uma novo formato de arranjo também não. Resolvemos simplesmente regravar o improviso.

VENTO

Uma das últimas, se não a última faixa a entrar no disco. Traz um pouco do groove sugerido pela “Coragem” e é mais uma que fala sobre despedida, usando um dos elementos que mais gosto na vida, que é o mar.

ESTRELAS PARTIDAS

Uma das primeiras músicas do álbum, já estava pronta desde o início de 2017, quase como ficou no resultado final. A primeira letra que devo ter escrito e que fala sobre um dos temas principais do disco: partidas, mudanças, despedidas.

SORTE

Essa canção é mais antiga do álbum. Já lutou para entrar em outros álbuns de outros projetos que lancei. Sempre gostei dela e achava que tinha conexão com o contexto todo. Dessa vez os arranjos me convenceram.

NÃO QUERO MAIS

Essa canção foi feita em uma parceria minha com o Schirmer. Talvez tenha sido a primeira delas. Enquanto ele tocava acordes no violão, eu ia esboçando melodias já com a letra que acabou ficando. Gravamos a bateria em um galpão de marcenaria enorme e utilizamos isso para o som do disco.

Gostaram? Vem conferir dois clipes insanos desse novo trabalho, aumento o som!


FIQUEM
LIGADOS QUE EM BREVE TEM MAIS MÚSICA AQUI HEIN, TE ESPERO! ABRAÇO GRANDE,
@MAAHMUSIC

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