Oi leitores musicais
incríveis, tudo certinho?
Hoje temos presença
internacional aqui no site. Agora em 2015 o músico teve muitas novidades.
Nascido e criado em Lisboa, o
percurso académico do Luso-Angolano. “Pirate Route” chega assim na sequência de
dois anos, com vibrações urbanas de três cidades em
particular. Colton trás  no seu
timbre intenso, jazz experimental preenchido pelas suas influências soul, funk
e blues.
Colton começou a cantar
no grupo de hip hop/soul Legião Vermelha, em seguida como a voz principal da
banda Bambs Cooper. Depois de anos ele assumiu um papel secundário de apoio a
vários artistas portugueses, como Jorge Fernando, Virgul, Nuno Guerreiro ou
Dino Santiago, chega o momento que o músico apresentar o seu primeiro trabalho
a solo. Com influência das  coleção de
vinis da família onde pontificam o jazz e a bossa nova e com um pouco de funk e
soul dos anos 90 de D’Angelo, Bilal ou Jamiroquai foram fundamentais para
descobrir o seu próprio som.
O novo álbum conta com a
abençoada colaboração de Royal Brandy (Holanda), Daniel Alexander (The
Illumination Experience), Leslie Roxen Tan (Holanda), Paulo Carvalho (Nu Soul
Family), Pedro Mourato (Skills & Bunny Crew), D-Compost no apoio técnico e
o jazzman Miguel Teixeira.
Incentivado a permanecer fiel
à sua visão artística pelo amigo de longa data e produtor Antonio Fonseca (Kiss
and Die Productions, Amsterdão), bem como por Paulo Carvalho aka the Bassman
(Nu Soul Family) parceiro em muitos outros projetos,Colton tem nas letras
à flor da pele uma boa parte do seu encanto. Aborda temas como os altos e
baixos do romance, cruzamentos culturais das suas viagens e observações
socio-políticos. A intensidade das canções baseia-se nas experiências pessoais
que têm um imediatismo subliminarmente relacionável e emocional.

Confira entrevista exclusiva
com o músico agora sobre o novo trabalho, curiosidades e muito mais!

É com muita honra
que faço essa entrevista para Colton Benjamin. Como foi seu primeiro
contato com a música? 
Olá a todos! Muito obrigado
pelo convite, é um prazer estar convosco. O primeiro contacto acaba por ser bem
cedo através dos vinis da família, suscitou-me logo alguma curiosidade aquele
ritual. A primeira relação surge na adolescência um pouco por brincadeira,
muito influenciado pelo desabrochar do movimento hip hop em Portugal no final
dos anos 90, através de um projecto de hip hop/soul chamado Legião Vermelha.
Entretanto após essa experiência tive a oportunidade de integrar outros
projectos com a banda Bambs Cooper, que me foram ajudando a encontrar a minha
sonoridade.

. Qual a importância de
música em sua vida? 
A música pode influenciar-nos
de diferentes formas, seja como ouvintes ou autores. Com a aproximação à
literatura, na adolescência senti a necessidade de procurar uma forma mais
fácil de me ligar comigo, ou pelo menos era nisso que resultava,  num
refúgio ou terapia. Independente de ter alguma curiosidade em relação a outras
formas de expressão artística, sinto que a música vaí sempre fazer parte do meu
caminho.

Você já trabalhou
com bandas e agora está fazendo um trabalho solo. Na sua opinião. O que é
melhor, banda ou solo? 
Quando estás numa banda
sentes-te um pouco mais protegido, partilhas o teu conhecimento e a tua arte
com outros. A solo é uma experiência mais íntima onde realmente te descobres. É
quando te exprimes na plenitude e consegues ter mais liberdade para trazer algo
novo onde refletes a tua originalidade, naturalmente são experiencias muitos
interessantes as duas formas. Tenho tido a sorte de partilhar o palco com
alguns grandes artistas como Jorge Fernando, Virgul, Dino Santiago ou Nuno
Guerreiro e espero poder continuar a ter oportunidades de fazê-lo.

Você está prester a
lança um novo álbum. O que podemos esperar desse novo trabalho. Quais as
principais influências musical dele? 
O álbum viaja um pouco pela
música negra, vai do soul ao funk, passando pelo jazz e pelos blues. É um álbum
dinâmico que parte dessa perspectiva de viajante, valoriza o percurso que fiz
nesse período em que estava em composição. Por essa razão o nome “Pirate
Route” (roteiro pirata), onde se tratam afastamentos e aproximações, assim
como as perspectivas e vivências dessa procura. 

. Como foi o processo de
composição do seu novo 
álbum
Foi um processo natural,
tentei que fosse o menos forçado possível. Aproveitei um periodo em que viajei
por Londres e Estocolmo a estudar e pude beber um pouco dessas cidades e desses
momentos de descoberta, por isso o conceito do álbum. Tive a oportunidade de
trabalhar com um grande amigo e produtor radicado em Amsterdão, Royal Brandy da
Kiss & Die Productions, na maioria das vezes à distância. Depois acabamos
por consolidar o trabalho de volta a Lisboa.

. O que te inspira a
compor? 
Não posso dizer que tenha uma
rotina especifica, acho que tudo o que me rodeia pode de alguma forma inspirar,
depois gosto de contar a historia de uma forma e uma perspectiva que ache
interessante. Gosto de que quando se começa a criar um conceito geral de uma
obra os restantes pontos se liguem naturalmente.

Você fez todos
ficarem curiosos com o single “Sail Away”. Por que essa canção como single? É
dificil definir e escolher uma canção do album como single?
Não foi uma escolha fácil mas
acabou por ficar definido por achar que este tema é a cara do álbum. Tanto pela
sonoridade como pela história, apresenta um pouco o conceito do disco. Também
porque quando se ouve o álbum inteiro esta música acaba por ser um importante
ponto de ligação, acho que vão sentir isso quando ouvirem.

Em breve teremos o
clipe do single. Como foi a gravação dele? O que você pode adiantar para os
leitores do Maah Music sobre o novo clipe? 
A ideia é surpreender-vos um
pouco, mas posso adiantar que é gravado no ponto de partida deste “Roteiro
Pirata”, em Sintra, minha bonita terra natal que vos convido a visitar
quando vierem a Portugal, mas deixo-vos tirar as vossas ilações pelas imagens.

. Somos Brasileiros e temos
amor gigante por Portugal. Como você se sentir sabendo que tem fãs aqui no
Brasil? O que você conhece musicalmente aqui do Brasil? 
É um prazer enorme, espero em
breve ter a oportunidade de visitar-vos e poder mostrar este trabalho ao vivo.
Há muita coisa na cultura brasileira que me atrai e não é só a musica que me
inspira, pessoas como Machado de Assis, Chico Buarque, Vinicius de Morais, Tim
Maia, Jorge Ben Jr, Cartola, Seu Jorge, Criolo, sei lá… São muitos e bons
artistas, acho que têm toda a legitimidade de sentir todo o orgulho na vossa
cultura.

. Entrevista chegando ao fim.
Quais as proximas novidades e agenda de show? 
Estamos neste momento a
preparar o lançamento do álbum e as primeiras apresentações para o ínicio de
Novembro, estão outras novidades prestes a ser confirmadas mas ainda não posso
levantar mais o véu. Podem manter-se informados através do site 
www.coltonbenjamin.com ou atraves da página
oficial de facebook.

. O site Maah Music gosta de
indicar bandas e músicos novos. Quais as bandas ou musicos de Lisboa que você
gostaria de indicar para os leitores Maah Music? 
Acho que a cena musical de
Lisboa está de boa saude, certamente que se investigarem vão encontrar coisas
muito interessantes como Black Mamba, HMB, Dino Santiago, B Fachada, Brass
Wires Orchestra, Aline Frazão, Octapush ou Mikkel Solnado ou António Zambujo.

. O que atualmente você tem
escutado mais na sua playlist? Quais suas influências musicais? 
Tenho regressado a alguns
albuns que estavam no baú, “Expensive Shit” de Fela Kuti, “Pieces of a Man” de
Gil Scott Heron ou “Superfly” de Curtis Mayfield. Quanto a artistas mais
recentes tenho ouvido Gregory Porter, Hamdan al Abri, The Weeknd, Jhene Aiko,
Unknown Mortal Orchestra, Jazzanova ou Jack White. Talvez da música negra dos
anos 60 e 70 venham as minhas maiores influências, se bem que instintivamente
vamos bebendo um pouco de tudo o que ouvimos.

. Qual recado você deixa para
os leitores e fãs do seu trabalho? 
Quero agradecer imenso a
oportunidade que a Maah Music me dá de criar esta ponte de ligação com vocês,
mantenham-se atentos ao site que espero em breve poder estar convosco. Um
abraço grande que se não vos chegar presencialmente nos próximos tempos que
chegue pelas colunas. Sejam felizes!

Gostaram?  O que vocês acharam do músico? Deixe seus
comentários.
Eu gosto do som dele e da
energia que ele passa. Minha música preferida é “Sail Away” é o single que antecipou o álbum de
estreia. Colton traz neste tema os altos e baixos de um
relacionamento compartilhado jazisticamente, retratando a efemeridade de uma
perspectiva pouco sóbria de compreender o amor.

Quer saber tudo sobre o
artista? Fiquem de olho nas redes sociais.

Amanhã encontro você aqui com
muita música e novidades.
@maahmusic

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