Leitores
curiosos (as),
Estão
preparados para entrevista insana de hoje? 
Pois é, teremos a presença da cantora e compositora Paula Cavalciuk,
falando sobre sua carreira e outras curiosidades e novidades. Ficou curiosos
(as) né? 
Confira
agora entrevista exclusiva com a cantora Paula! 

. Honra gigantesca ter a presença da Paula Cavalciuk
aqui no Maah Music. Você é a nova promessa da música nacional, como surgiu seu
amor pela música?
Eita! Honra é minha. Muito obrigada pelo
espaço!
Surgiu muito cedo. Minha primeira infância foi
na região do médio Ribeira. Meu pai trabalhava nas hidrelétricas da CBA e
vivíamos numa vila de funcionários no meio da mata atlântica. Não pegava rádio,
mas tínhamos fitas cassetes e vinis do meu pai.
Os discos dos Beatles eram meus favoritos. Se eu
estava feliz, botava um disco, se eu estava triste, eu fechava a porta e botava
um disco. Quando íamos brincar dentro de casa, tinha sempre uma trilha sonora.
Parece que tudo precisava de música.

. Como foi o primeiro contato com a música?
Minha mãe sempre cantou. Tinha uma
voz linda!
Enquanto ela realizava as tarefas
do lar, cantarolava alguma coisa. Às vezes ela cantava em cima de uma música e
abria mais uma voz, eu até parava de brincar para prestar atenção, porque era
impressionante. Eu só pensava que se um dia conseguisse fazer aquilo, ia me
sentir tão incrível quanto minha mãe.
Ela era uma cristã muito
fervorosa, mas não só na teoria. Sua prática de amor ao próximo, de
solidariedade, compreensão, foram as maiores lições que eu e meus irmãos pudemos
aprender desde cedo. Ela construiu uma capela e nosso quintal, dava catequese e
aos domingos, havia o culto, onde eu e minha irmã Lucile, cantávamos com ela.
Posso dizer que comecei a cantar na igreja.
Minha mãe sempre sonhou em ser
cantora e eu sinto que realizo o sonho dela e o meu, quando canto. <3 

. Paula você acabou o clipe maravilhoso da música
“Maria Invisível”. Por que  essa música
foi escolhida para ser single e clipe?
Senti o poder desta música, quando
comecei a cantá-la ao vivo.
Existem várias músicas autorais em
nosso repertório de show, mas a Maria Invisível tem uma mensagem potente, uma
crítica e ao mesmo tempo, consegue ser agradável e até dançante.
Como um primeiro vídeo, uma
primeira apresentação artística que nos mostra integrados como banda, senti que
seria uma ótima escolha.  

. Falando ainda da música “Maria Invisível”. Qual
mensagem você quer passa com a essa música? Algo em especial?
Eu gostaria que as pessoas se
enxergassem umas nas outras. Mas não posso esperar que captem minha mensagem.
Acho que o grande barato de fazer música está exatamente aí: você não tem
controle nenhum sobre o que vão pensar de você e sua música. Isso é fascinante!
Apesar de ser uma música bem
direta, as reações são diferentes. Teve gente que veio me abraçar emocionada,
dizendo que a mãe é faxineira e que se identificou com a música. Teve gente que
achou engraçada a “música da empregada”. A semente é uma, mas os frutos podem
ser vários.

. Como foi o processo e surgiu a ideia do clipe da
música “Maria Invisível”?
Precisávamos de um material
áudio-visual para passarmos a existir na internet, então escolhemos a “Maria
Invisível” por acreditar na força desta canção.
Apesar da amizade com todos os
envolvidos, minha ideia era profissionalizar o processo, porque eu não ia tirar
meus amigos talentosíssimos da casa num feriado, pra qualquer coisa, não! Ao
mesmo tempo, trabalhar com amigos, e com cada um sabendo o que fazer, pode ser
mais leve, do jeitinho que foi.
O Fabricio Vianna é um grande
fotógrafo, que assina fotos maravilhosas de shows de grandes nomes que passam
pelo Brasil. Ele fez captação de vídeo e iluminação.
O Daniel Bruson é um baita
artista. Premiado até no exterior com clipes e curta-metragens de animação, o
chamei pra compor a equipe de vídeo. Ele editou e finalizou, além disso, me
ajudou a montar aquele cenário digno do Chaves rs.
Foi tudo gravado ao vivo no
estúdio Mofo de Ouro, do Marcio Bertasso, um cara que sempre esteve envolvido
na cena cultural da “cidade amarela”.
Natalia Carriel e Jessica
Giancotti, que cuidaram do visual da banda, são mulheres que eu admiro e me
espelho demais, pelo talento, envolvimento e o jeito com que encaminham seus
trabalhos. Amo essas mulheres e pretendo fazer muitas coisas com elas, ainda. A
Jéssica, atualmente, cuida da minha cabeleira leonina. 😉
O Tiago Giovani ficou monitorando
o som, já que o Ítalo estaria tocando. Ele é um cara com um tremendo potencial,
integrante de uma banda fantástica de Sorocaba, a Mariamadame. Ele também tem
um estúdio onde produz muita coisa boa!
O Ítalo Ribeiro tocou bateria,
produziu, mixou e finalizou o áudio do clipe, tb produziu o EP ”Mapeia”.
É até difícil falar do Ítalo, pois
ele é um dos grandes responsáveis por eu ter tomado vergonha na cara pra
mostrar minha música. Sempre me estimulou muito e abraçou o processo desde o
início!
O Fabricio Masutti é outro cara
que merece uma página só pra falar dele. No clipe, ele tocou baixo e nos
bastidores, esteve envolvido em tudo, até levando a gopro pra filmarmos o
making-of. Fabrício é muito ligado em tecnologia, tem vários projetos nessa
área. Tem exposições de instalações suas em universidades no Brasil e até fora.
Hoje, outro baixista nos acompanha, o querido Gustavo Machado, em função de
nossos compromissos com a turnê, mas o Fabricio sempre terá um espaço muito
especial, por ter contribuído tanto com este trabalho!
Vinícius Lima é aquele amigo
irmão. Nos conhecemos há mais de 11 anos e desde sempre, cantamos juntos. Nos
profissionalizamos pelos bares da vida e hoje, não tem como ser diferente, ele
abrilhanta minhas músicas com sua habilidade e seu coração, já que nos
comunicamos muito bem! <3

. O que me chamou atenção no seu trabalho é por ter
vários tipos de instrumentos. Você gosta de fazer essa mistura? Qual
instrumento você mais gosta do som?
O instrumento que mais gosto do
som, é a gaita de fole, mas enquanto não tenho uma, arrisco um kazoo mesmo.
Em nosso show, incluímos alguns
sons onde achamos que existem lacunas. Algumas ideias surgiram espontaneamente,
durante ensaios, como a latinha de nescau em “Just Can’t Wait”
(https://www.youtube.com/watch?v=NW1HPKHHgaA), ou o kazoo de “Maria Invisível”,
ou o xequerê em “O Poderoso Café”.
Se bater uma brisa de incluir uns
ruídos, a gente tenta.
. Ouvir seu disco novo e adorei todas as faixas. É um
álbum que faz com que escutamos todo. Como foi o processo de gravação dele?
Este EP era pra ter sido lançado
em abril deste ano, mas dois dias antes de mandarmos pra fábrica, nosso gatinho
derrubou o computador e perdemos tudo!
Foi um processo de desapego e
perseverança. Recuperamos o tesão e prosseguimos.
Gravamos muitas coisas em casa,
como bateria, guitarras e baixos e tudo teve um resultado tão satisfatório, no
que diz respeito a captação, graças ao feeling e ouvido do Ítalo. As vozes
foram gravadas no estúdio Minduca, do Bruno Buarque e a única faixa gravada
integralmente lá, foi “Inefable”.

. As letras foi o que me chamou mais atenção. Como foi
o processo de composição? Você teve ajudar na hora de compor? O que te inspirar
compor?

Cada música vem de um jeito.
Em “Mapeia” veio tudo junto:
música, letra.
Já em “Maria Invisível” veio ideia
da letra, depois música.
Com “Inefable” veio uma melodia
que não se encaixava em nada em português. Pra não usar inglês como muleta,
fugi pro espanhol.
“Antes de Nascer” foi tudo junto
também, eu estava inspirada com minha amiga grávida e toda sua situação de
dúvida e amor.
A inspiração é como uma comichão,
quando eu sinto que “bateu” uma ideia boa, registro e deixo maturando um
pouquinho. Se o comichão continua nos próximos dias, volto pra aquela canção e
termino. Mas isso pode levar meses, até anos.

. Quais as suas influências musicais?
A adolescência foi uma fase e que
eu tentei fugir das minhas raízes. Acho que todo mundo faz um pouco disso, principalmente
nessa fase em que a autossuficiência bate à porta. Eu tinha receio de ser
caipira e brega. Hoje me orgulho disso! Não que, os Beatles, por exemplo, não
sejam influência direta, mas hoje consigo analisar muitas outras, e entender
que cada uma teve seu papel na minha formação, como por exemplo, a moda de
viola de Tião Carreiro e Pardinho, a guarânia paraguaia, que inspirou
Cascatinha e Inhana, a canção rancheira mexicana, o tango, e até o grunge.
É tudo fruto do que ouvi e li, inclusive rótulos de produtos no banheiro rs.
. O que a música significa para você? Se você não fosse cantora e
compositora o que seria? 
Me classificar profissionalmente como
cantora/compositora é algo novo pra mim.
Eu seria qualquer coisa que me
cativasse. Já trabalhei em funerária, escritório de contabilidade, caixa de
lanchonete, controle de estoque de casa noturna, correios, comércio exterior.
Já fiz coisas que não me faziam me
sentir tão plena, como a música faz, mas eu sempre tentei me motivar, pra
levantar da cama e não ficar emburrada o dia todo. Tentava encontrar um ponto
que me fizesse feliz em tudo o que eu envolvia. Por exemplo, na época em que
trabalhei no atendimento nos Correios, eu atendia as pessoas como eu gostaria
de ser atendida. Quando estava com uma graninha extra, em época de fim de ano,
oferecia até uma bala, um bombom, para quem fosse gentil.

. Como você definir seu novo trabalho?
Prefiro não definir, mas antes que
surja um rótulo besta, ou que me generalizem se baseando apenas na audição de
uma faixa, eu acho que faço pop planetário. Isso porque tenho referências de
músicas de vários países. Eu ouvia muita música mundial, graças ao meu pai.
Sinto que em qualquer lugar do mundo, as pessoas sentirão a essência da música.
Já fora do planeta, não tenho tanta certeza. Não quero ser pretensiosa. rs

. Do seu novo álbum qual música mais te representar?
Todas, em diferentes momentos. Sou
uma mistura de todas elas e mais um pouco.

. Quais músicas você mais gosta de fazer covers? 
Depende do dia. Tem dia que quero
cantar Etta James, noutros, Mauricio Pereira. Não imito ninguém, não imposto a
voz demais. Canto do meu jeito.

. O que você acha do cenário musical atualmente? Você acredita que existe espaço para
todos os gêneros musicais ou nã
o?
Sim, sempre houve e hoje mais
ainda, já que as pessoas têm a liberdade de procurar coisas com que se
identifiquem, não se limitem apenas a ouvir o que toca na rádio.

. Entrevista quase no final. Conte as próximas novidades do seu trabalho?
Podemos espera por clipe?
 
Estamos caindo na estrada pra divulgar o
“Mapeia”, então em novembro vamos pra Minas Gerais, Goiás e Brasília.
Fomos contemplados com edital do PROAC
para gravação de disco. As gravações começam no primeiro tristestre de 2016 e o
lançamento será para o segundo semestre.
E já estamos pensando no próximo clipe.

. Você já tem um público que acompanha seu trabalho. Como é o
contato com seus fãs? Você usa muito as redes sociais? Acha importante ter esse
contato com os fãs?
Tenho um público muito orgânico, formado
dia a dia, pelos shows, pelo acesso que as pessoas têm ao meu trabalho. A
divulgação, é feita, basicamente em redes sociais e é realmente importante. Mas
eu gostaria de olhar mais nos olhos das pessoas. É legal marcar presença no
evento, mas nada substitui a presença física.
 

. Qual mensagem você deixa para os fãs e leitores do blog?
Busquem conhecimento. Brincadeira hahaha
Minha mensagem é: prefiram eventos físicos, a eventos virtuais. Nada
ainda substitui o abraço e o encontro.

. Hoje você comanda
o blog. Qual mú
sica você deixa para os leitores?
Uma música que não consigo parar de ouvir “What Brings me Down” da banda
The Outs. <3

Então, dá o play para indicação da cantora! 

Gostaram? O que acharam da cantora
Paula?  Deixe seus comentários!

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Amanhã
espero vocês aqui novamente para curtimos mais música!
Beijo
e abraço gigante,
@maahmusic

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