Oi leitores movidos á música.
Tudo certinho?

Vocês estão sabendo sobre o
segundo álbum da banda Valsa Binária.
Em 2011, quando
lançou o CD homônimo “Valsa Binária”, a
banda Valsa Binária, hoje formada pelos músicos Danilo Derick (guitarra,
teclados e variados), Leo Moraes (guitarra e voz), Rodrigo Valente (bateria) e
Salomão Terra (baixo), mostrou que sua música tinha personalidade própria.
Formada em 2008, a banda é um dos destaques da
atual (e efervescente) cena musical independente de Minas e, não por acaso,
está frequentemente na programação de alguns dos mais importantes festivais do
estado.
10,
novo trabalho da Valsa Binária, propõe um mergulho em uma sonoridade inventiva,
tão versátil quanto seus próprios integrantes. As dez faixas, todas inéditas,
não seguem diretrizes estilísticas ou objetivos concretos, bom estímulo para
ouvintes atentos que terão arsenal para desvendar camadas sonoras a cada
audição.
Por outro lado, 10 é também um disco de canções.
Melodias aparentemente despretensiosas são apoiadas por arranjos inusitados,
por vezes estranhos, que são a roupagem das letras que vão da delicadeza
profunda ao sarcasmo escrachado. Aqui, as surpresas se sucedem, de modo a não
dar tempo para o ouvinte se acomodar. É, portanto, um disco a ser desvelado com
atenção e curiosidade.
Recebo aqui no blog a banda Valsa Binária que participar
do faixa por faixa. 

1. Receita

A abertura do álbum é essa música
dançante e irreverente. De forma irônica e sarcástica a canção explicita e
ridiculariza as pressões sociais sofridas pelas mulheres em uma sociedade cada
vez mais influenciada por padrões estéticos e comportamentais inatingíveis.
“Receita” foi também a primeira música criada e arranjada por essa formação da
banda.

2. Céu de Abril
Tendo sido lançada anteriormente como
single, essa é possivelmente a música que melhor sintetize o espírito desse álbum.
A bela melodia, e a roupagem densa dos arranjos, dão à canção uma atmosfera
luminosa, mas ao mesmo tempo solene. A letra trata da insignificância humana
perante o tempo cósmico, e do que podemos fazer para tentar conferir algum
significado à nossa breve existência.

3. Dona de Si
Uma canção simples e direta,
conduzida pelo piano, que trata da possibilidade inesgotável de recomeços,
mesmo quando tudo parece perdido. Narrada na terceira pessoa, conta a história
de uma mulher que tem a vida virada de cabeça para baixo, mas que encontra
forças pra se reinventar.

4. Melhor Que Sou
O ambiente grave e soturno dessa
canção com sotaque de bolero dá o tom da narrativa de “Melhor Que Sou”. A
importância de sermos valorizados por alguém é tratada com seriedade, com
contornos de salvação.

5. Vou Correndo
A melodia e os timbres dessa canção
remetem ao iê iê iê da jovem guarda, mas encontram um contraponto na estranheza
do ritmo imposto pela bateria e pelo baixo. A contradição da música se conecta
à letra, que fala sobre o conflito entre as obrigações cotidianas e as
necessidades da alma.

6. A Esquina
Esse folk, cantado por Danilo Derick,
lida com a contraposição entre a necessidade de trabalho para subsistência e a
importância de momentos de transcendência. O tema, recorrente ao longo das
canções do álbum, é tratado aqui de forma conciliatória. Instrumentalmente a
faixa é marcada por um interlúdio instrumental que aponta para uma direção nova
no atual momento da banda.

7. Quis
Mais uma vez aparece o lado
irreverente da banda nesse rock de guitarras sujas e distorcidas. Em tom
acusatório a letra demarca a divisória entre os que pensam de forma coletiva,
voltada para o bem estar, e os que pensam de forma individualista, voltada para
o ego e o ganho pessoal. O coral no refrão traz à tona o humor característico
do Valsa Binária e quebra o tom panfletário do discurso.

8. Desinventar
A grande e grata surpresa para a
banda, “Desinventar” foi praticamente criada durante a gravação. O groove foi
gravado, e os arranjos, melodia e letra foram sendo construídos a partir daí. A
progressão ritmica e melódica, com uma cama de sintetizadores, cria uma
atmosfera lounge, interrompida por interlúdios quebrados e com foco nas
guitarras. A letra abstrata e non-sense contribui para o clima etéreo desta
faixa.

9. Nuno Nu
A temática infantil desta canção é
reforçada pelos timbres do banjo e glockenspiel, e o refrão quase onomatopéico
torna “Nuno Nu” um chiclete. Sucesso entre os fãs mirins da banda.

10. O Palhaço
Assim como “Nuno Nu”, essa valsa tem
uma sonoridade alegre e solar, mas a atmosfera circense é quebrada pela
temática sombria da letra. Composta na época das mortes trágicas dos
comediantes Robin Williams e Fausto Fanti a música trata da diferença entre a
máscara mostrada ao mundo e o real sentimento oculto na alma humana.

Gostaram? Qual canção vocês mais curtiram?  Deixe seus
comentários!

Gostei muito do trabalho deles. E se vocês também viraram fãs
da banda, então, faça como eu acompanhe as redes sociais e saiba de
tudo. 


Espero
que tenham gostado do faixa por faixa com a banda. Fiquem ligados aqui no site
que logo mais tem mais novidades.
Beijo,

@maahmusic

DEIXE SEU COMENTÁRIO