Leitores
queridos, tudo bem?
Vamos
começar a semana com novidades? 

Hoje
tem banda Mirantes aqui no blog com muitas novidades e curiosidades. Tive
oportunidade de conhecer o som deles á pouquíssimo tempo e logo de cara eles já
me conquistaram trazendo o bom e velho rock roll. Confira agora entrevista
exclusiva com a banda Mirantes. 

. É com muita felicidade que recebemos a banda
Mirantes rock aqui no blog. A banda é formada por quatro amigos. Contem o que
fez vocês formarem a banda? 
Desde
criança crescemos em famílias que sempre escutaram muita música, e começamos desde
pequeno a aprender a tocar violão para poder cantar nossas trilhas favoritas e
ainda na adolescência começamos a rascunhar as primeiras composições. Assim que
terminamos o colégio partimos de Uruguaiana/RS ruma à capital Porto Alegre para
iniciar a faculdade, cursinho, e essas coisas, mas principalmente a aprender a
viver uma nova vida longe da família, e consequentemente muito próximo dos
amigos. Começamos então a nos juntar para beber, conversar, tomar mate
(chimarrão), e praticamente tudo o que fazíamos estava acompanhado da presença
do violão. Naquela época Strokes, Arctic Monkeys, Oasis estavam rolando em
todas as festas e foram sem dúvidas as nossas influências pra criar uma banda
cover que chamamos Balaclava (título de uma faixa do Arctic Monkeys). A
Balaclava só tocava hits, com um repertório que incluía de Rolling Stones a
Michael Jackson, fizemos muitos shows tanto na capital quando no interior do
estado. A Mirantes surgiu a partir da Balaclava, quando em um determinado
momento sentimos que poderíamos ir além da diversão dos shows, e partir para as
composições próprias. Convidamos o João Ises que foi nosso colega e amigo desde
os tempos do colégio e que também morava em Porto Alegre para tocar guitarra e
já no primeiro ensaio brotaram duas canções e dai em diante iniciamos nossa
história de banda de rock. Em 2015, posterior à gravação do Córtex, nosso
primeiro CD, o João Ises saiu e em seu lugar entrou o Jonas Silveira para
assumir a guitarra principal. 

. Vocês começaram fazendo covers de Arctic
Monkeys, Oasis, Kings Of Leon, Strokes entre outras bandas. Qual momento vocês
perceberam que o trabalho da banda estava virando algo mais serio? 
Ainda
como Balaclava, compomos uma canção chama “Quando a música tocar”, e até hoje
só temos uma versão de ensaio gravada dela, e isso sem dúvida foi um divisor de
água que definiu o que queríamos com a música. Nós enxergávamos um potencial
que os demais integrantes da Balaclava talvez não compartilhassem, e a partir
dessa canção resolvemos criar a Mirantes como banda autoral. O trabalho começou
a ficar a sério desde então, pois o nível de exposição e risco que tu tem
quando sobe num palco para tocar faixas consagradas como “don’t look back in
anger” ou apresentar composições próprias com letras próprias é totalmente
diferente. Na Mirantes precisávamos primeiro que a nossa música convencesse a
nos mesmos antes de levar ela ao público, e isso nos fez crescer muito
musicalmente.

. Vocês já têm dois trabalhos lançados, o EP
“OESTE” em 2012 e “Córtex” agora em 2015. Qual a diferença sonora entre esses
dois trabalhos?
Em
2012 nos tínhamos diversas gravações caseiras em versões demo, e tocávamos elas
em shows já fazia um ano, quando pilhamos de gravar um EP e chamamos o Matheus
Zingano para uma conversa para produzir, e ele curtiu a ideia na hora mas
alertou que iria viajar em 2 meses e então esse era o prazo para gravar. Do
resultado dessa conversa nasceu o EP Oeste, que podemos dizer que é recheado de
improvisações e inspirações nos momentos de gravação, e embora nós tivéssemos
diversas músicas demos gravadas, optamos por compor 3 novas canções e partimos
para a gravação, mixagem e masterização, tudo isso nesse prazo de 2 meses. As letras
falam sobre a nossa lembrança e a percepção que tínhamos sobre a vida que
deixamos pra trás no interior, há 600km à oeste de Porto Alegre, e daí vem o
nome.
Dois anos depois, tínhamos 20 canções prontas para serem gravadas, e dessa vez tínhamos
tempo de sobra, foi quando contatamos o Ray Zimmer para produzir nosso primeiro
CD. Das 20 canções iniciais peneiramos 12 para fechar o álbum, e ensaiamos
muito mesmo até tudo ficar redondo para a gravação e então partimos para 6
meses de gravação. É difícil pontuar uma “diferença” mas talvez Córtex seja mais
rock and roll que o EP Oeste. O Ray dêu bastante espaço para as guitarras do
João ecoarem do início ao fim do CD e em uma maneira geral ele tem uma pegada
mais pesada.

. Quais são as principais influencias da
banda?
Cada
um traz a referência do que mais gosta, entre outors: Oasis, Arctic Monkeys, Pink
Floyd, Strokes, Red Hot Chilli Peppers e Los Hermanos.

. A banda é de Porto Alegre. Onde surgem muitos
talentos musicais em vários gêneros musicais. Como vocês ver o cenário musical de
Porto Alegre?
Tivemos
algumas bandas que se destacaram nos últimos anos, gostamos muito da Pública.
Apanhador Só e Dingo Bells lançaram excelentes trabalhos ultimamente, mas apesar
de Porto Alegre ser uma cidade reconhecidamente apreciadora de rock, o cenário é
bastante restrito às mesmas bandas. Não é fácil conseguir espaço no cenário de
rock autoral, o jeito é inovar, tocar na rua, no parque na calçada e em
festivais que acontecem em sua grande maioria no interior do estado, e quem
sabe assim criar um novo cenário.
. A novidade desse ano da banda foi o
lançamento do novo álbum, mas o clipe da música “Estupidez” foi grande destaque
da banda. Ao que vocês atribuir tantos comentários positivos dos dois trabalhos
da banda?
Quando
ao clipe damos total crédito ao Pedro Henrique Menezes que encabeçou e produziu
a ideia do início ao fim e fez um baita trabalho com orçamento bastante
reduzido. A respeito dos comentários positivos do álbum e da nossa música, é
fruto do nosso trabalho de muitas e muitas horas de ensaio e de composição, e
também da maneira como nos relacionamos como banda, conseguimos dar espaço para
que todas as canções tenham a mão dos 4, cada um com suas influências.

. Como foi o processo de composição e produção
do novo álbum? De que maneira as novas musicas diferem das antigas?
Compor
música é uma coisa muito interessante porque no próximo segundo você está
aberto a infinitas possiblidades, e quanto mais influência você tem, quanto
mais contato com músicas de ritmos e vibes diferentes, mais você enriquece as
possibilidades da sua própria composição. Também é importante ressaltar que
apesar da liberdade criativa, a obra como um todo precisa ter uma identidade,
as músicas de um mesmo CD precisam conversar entre sí. Talvez a grande
diferença entre as antigas e novas composições estejam no trabalho da melodia
vocal. Quando começamos a compor nós pensávamos na parte instrumental e a voz
entrava por último apenas como um completamente, enquanto que em Córtex
trabalhamos muito a melodia vocal e letras junto na estrutura das canções, ora
priorizando a letra e alterando a melodia, ora a letra e preservando a melodia.

. Entrevista quase no final. Quais as próximas
novidades, lançamento e agenda de show?
Fizemos
no dia 25 de agosto show de estreia do CD em Uruguaiana/RS. Dia 22/08 temos
agendado show em um evento que ocorrerá na Loja Aragana, Porto Alegre/RS. No
dia seguinte, 23/08 vamos participar do festival Tele-trago em Porto Alegre. A
parte a isso está prospectando alguns shows no interior do RS.

. Qual mensagem vocês deixam para os fã e leitores
do blog?
Pra
todo mundo que está acompanhando a matéria, muito obrigado pelo prestígio,
espero que curtam nosso som, e fiquem ligados que estamos com o segundo vídeo
clipe pronto, no aguardo para lançamento. Também gostaríamos de fazer um agradecimento
especial ao blog por incentivar e dar visibilidade a bandas independentes.

. Hoje vocês comandam o blog. Qual música vocês
deixam para os leitores?
A
última música que compomos e gravamos e por isso optamos por colocá-la como
faixa 12 para fechar o CD, se chama Valentina, esse é o som.
Então,
dá o play e ouça agora a indicação da banda! 

Gostaram?
O que vocês acharam da entrevista com a banda? Deixe seus comentários!

Eu
gosto bastante do som da banda. Sou muito suspeita em falar sobre bandas do
Sul, acho que Rio Grande do Sul tem muitos talentos e lembro que quando comecei
o blog fui muitas vezes lá para procurar bandas novas. Faça como eu moçada.
Acompanhe a banda através das redes sociais.

Eu vou curtir mais um pouco o som da banda e deixo vocês, mas
amanhã tem muito mais aqui no Maah Music.
Beijo,
@maahmusic

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