Oi, queridos leitores.
Tudo bem com vocês?

Hoje eu tenho mais uma novidade
muito bacana para vocês. Recentemente tivemos a presença do músico Daniel Siwek
aqui no blog, e recebi alguns e-mails perdido entrevista com o cantor. E é com
muita alegria que anuncio agora uma entrevista exclusiva com ele. Confira agora
as novidades e curiosidade do músico.

Além de músico você é ator. Você se
considera um artista completo? O que é mais difícil no Brasil: ser ator ou
músico? Como você descobriu o amor pela música?
Pra mim não
existe um artista “completo”, assim como não existe uma relação perfeita. O
termo “completo” nesse contexto traz consigo o significado de algo acabado e
não acho que isso se encaixe na verdadeira arte. O verdadeiro artista deve ir
pelo caminho oposto, sempre buscando aprender novas artes, novos meios, novos
caminhos de criação, explorando sempre a sua subjetividade e o mundo ao seu
redor.
Infelizmente
no Brasil o sistema educacional enxerga a arte-educação como uma
atividade, mas não como uma disciplina. A apreciação artística e histórica
simplesmente não existe para 99% da população. É difícil ser artista nesse
país, seja para um ator, seja para um músico, seja para qualquer pessoa que acredite
que a arte é o verdadeiro transmissor dos reais valores estéticos e culturais
de uma sociedade. O Brasil não tem interesse nisso. A arte esta sempre em
segundo plano no nosso país.
Acho que não
descobri o amor pela música, mas já nasci com ele. Desde sempre a música faz
parte da minha vida. Vida e música pra mim são sinônimos.
A primeira vez que tive contanto com
seu trabalho, de imediato, me impressionou a sonoridade e o poético das letras.
Como você descreve o seu trabalho para os que ainda não o conhecem?
É
basicamente focado na simplicidade e na organicidade dos instrumentos
acústicos. Tenho dificuldade em descrever ou rotular meu próprio trabalho. O
que realmente me interessa não é muito a teoria ou academicidade da coisa, mas
sim a experiência sonora que o ouvinte tem do meu trabalho. E isso é muito
subjetivo, cada um tem a sua. Deixo essa descrição livre então.
Como disse na perguntar anterior, o que
me chamou atenção em seu trabalho foi a sonoridade e as suas composições. Como
foi a escolha das canções para o primeiro álbum?
Eu não
queria fazer um álbum acidental. Queria que ele tivesse um começo, meio e fim.
Cada música tem uma razão de estar ali, inclusive na ordem de sequencia. Queria
resgatar um pouco aquele sentimento que tínhamos no passado quando sentávamos e
escutávamos um álbum inteiro, do começo ao fim. Não era uma questão dessa ou
daquela música, mas o álbum todo. Entender o que aquilo tudo queria dizer. É
como ler um livro.
No que você se inspira para compor?
Nesse
trabalho a inspiração veio das minhas próprias experiências. Foi praticamente
um processo de catarse e sublimação de coisas que eu vivi durante uma época da
minha vida. Apesar de partir de experiências pessoais, eu busquei sentimentos
que fazem parte da história de qualquer ser humano, por isso acho que é fácil
se identificar com o que as músicas dizem.
Quais foram as influencias musical do
seu álbum? Você acha que as influencias musicais podem tirar a exercia do
musico na hora de compor?
Acho que
se influências e referencias servem para balizar o trabalho, inclusive de
composição, não acho que elas podem tirar nada. Ao contrário, agregam. Entendo
que elas podem ser um problema quando viram um objeto de cópia, porque aí sim
vão limitar o poder do artista encontrar o seu caminho de expressividade e o
músico vira apenas uma cópia do outro, sem identidade própria. Nesse álbum
minhas principais influências foram desde artistas como Bon Iver, City and
Colour, Iron and Wine, Jose Gonzalez, William Fitzsimmons, Nick Drake, Elliott
Smith até Alice in Chains, Pearl Jam, Dave Matthews e Peter Gabriel.
No seu Soundcloud é possível escutar o
seu novo cd. Você acha que hoje a internet ajudar muito as bandas ou pode
prejudicar devido aos downloads e outras facilidades?
Sem dúvida
a internet veio para libertar os músicos da tirania das gravadoras. Isso é o
seu maior mérito. Se antes músicos e bandas eram praticamente reféns das
gravadoras e empresários, hoje elas podem criar estratégias de divulgação e
marketing que antes eram impossíveis de se pensar. Mas o mercado esta em
constante mudança junto com as novas tecnologias, então é um processo de
constante adaptação para os dois lados.  
Qual cidade você gostaria muito de
tocar?
Qualquer uma
onde houvesse interesse das pessoas em me escutar…rs.
Seu álbum tem a presença forte de
 instrumentos como piano, violoncelo e guitarra. Como foi o contato para
fazer essas parcerias para o cd? Você acredita que a presença desses
instrumentos faz seu trabalho ser diferente do que o publico está acostumado a
ouvir?
Todos os
músicos que tocaram comigo no disco são amigos pessoais e pessoas com as quais
já havia trabalhado em outros projetos musicais. A primeira coisa foi convidar
um a um para escutar as demos das músicas e ver se eles tinham interesse em
participar do projeto. Foi um processo bem natural. Quanto aos instrumentos, eu
encaro como uma receita culinária. Cada instrumento tem seu sabor específico,
seu tempero. Não acho que meu trabalho seja diferente por trazer esses
instrumentos. É simplesmente que o meu “bolo” traz esses ingredientes. Saboroso
para alguns, não tanto para o paladar de outros.
Qual seu gosto musical? Se você tivesse
oportunidade de dividir o palco com um ídolo ou um musico/ banda, quem seria?
Meu gosto
musical vai de A a Z. Gosto de muita coisa diferente. Sou bem eclético, mas
também tenho um outro lado…rs. Tem coisas que não gosto e ponto final. Se
tivesse oportunidade de dividir o palco com alguém, certamente seria com algum
dos artistas que citei lá em cima.
Entrevista está chegando ao fim. Quais
as próximas novidades? Podemos esperar você em São Paulo? Qual agenda de show?
Já penso num
próximo álbum, mas é uma coisa pra frente. Acho que o Entropy N1 tem chão
ainda. No final do ano passado gravei o primeiro videoclipe, que foi da música
“at the end”. Ele vai ser lançado nos próximos meses. Nesse momento estou
morando no Rio e pretendo fazer um show por aqui. E claro, tocaria em São Paulo
ou qualquer outra cidade havendo oportunidade. Tambem estou trilhando meu caminho
como ator, então coisas nessa esfera podem vir a acontecer em breve. 
Qual a mensagem você deixa para os fãs
e leitores do blog?
Que
independentemente de estilo nossa busca seja sempre pela verdadeira música, de
qualidade, feita por verdadeiros artistas. Que a música sempre nos ajude a ser
pessoas melhores umas com as outras e com a gente mesmo. Que a música possa
sempre embalar nossa vida e nossas amizades.
Antes de ir embora. Qual música você
dedica para a galera?
Deixo uma minha que se chama “Despite
What You Say”.

Dá o play moçada!! 

Gostaram?
O que vocês acharam da entrevista?  Deixe
seus comentários.
Eu quero
deixar meu agradecimento ao músico Daniel pela oportunidade de estar fazendo
essa entrevista: obrigada!

Eu sei
que o pessoal do meu blog adora música, então eu vou deixar uma dica para vocês
que querem saber mais sobre o cantor: acessem
:


Amanhã tem mais música aqui no blog.
Fiquem ligados que tem muitas novidades e lançamento!
Beijo da fofa, 
@maahmusic

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